Do Panamá à Costa Rica: Fronteira Paso Canoas

Liliana Alcobia
27 de abr. de 2017
2 min de leitura

Depois de 3 noites na Cidade do Panamá a espantar baratas, decidimos que dormiríamos muito melhor num autocarro "frigorifico" rumo à Costa Rica. Pois é, parece que por estes lados, como a malta tem bom tempo o ano inteiro, gosta de sentir o Inverno por meio do ar condicionado. O ar condicionado dos autocarros é tão alto que o pessoal só não leva o edredom da cama porque parece mal. :)

Por precaução, e dado que não é possível comprar nem reservar por internet, fomos no dia antes à estação de Albrook comprar os nossos bilhetes para a Costa Rica. Para comprar os bilhetes (40$ - o preço do bilhete é fixo e não varia de acordo com a paragem onde se fique) é necessário levar o passaporte e boletim de vacinas. Tivemos um timing tão bom que compramos os últimos bilhetes disponíveis, assim que, comprar os bilhetes no dia da viagem não é nada aconselhável.

Há várias empresas de autocarros a fazer esta viagem. Nós optamos pela TicaBus que faz o seguinte percurso:

- Cidade do Panamá, Rio Hato, Penonomé, Divisa, Coronado, David, Frontera | Palmar Norte, Uvita, Dominical, Quepos, Jaco y San José.

Chegámos à fronteira já de manhazinha. O horário da fronteira é das 7h às 23h. Aqui entre filas para carimbar passaportes, revisões de autocarros e de malas, demoramos mais de 2 horas. Um grande aparato que me fez pensar: "Realmente eles aqui não brincam."

Primeiro puseram-nos todos em fila dentro deste "enorme" edifício e fizeram-nos abrir as malas, ao mesmo tempo que vem um caozito cheirar (é mesmo um caozito, eheh).

Abri a minha mochila a pensar que teria de tirar e voltar a colocar tudo. Tiraram as minhas havaianas, olharam para o meu pijama e mandaram-me fechar e seguir. Afinal eles brincam ahahah.

Depois de carimbar a saída do Panamá e a entrada para a Costa Rica fomos todos para dentro de uma espécie de jaula e fizeram-nos abrir novamente as malas. Pensei: "Pronto, afinal não brincam nada, agora vão mesmo revisar a mochila a serio, afinal de contas eu posso ter uma arma debaixo do meu pijama!"

Abri novamente a mochila, a senhora (uma avó tradicional) puxa das havaianas, olha para o meu pijama, volta a meter as havaianas e manda-me seguir. "Muito profissional"

Acho que esta foto fala por si :)

Seguimos viagem até Sierpe (a vermelho no Mapa), que fica no meio do nada, onde só havia um restaurante. Depois de pedir ao restaurante para nos chamar um táxi, lá veio o "Manuel, o taxista"